Ser Certificado ou não?
"Como esse pessoal da TI gosta de falar em certificações - disse um amigo que é consultor de RH. As empresas para as quais ele presta serviço pedem sempre que o candidato a uma vaga tenha o máximo de certificações possíveis...
É como se isso fosse um atestado unilateral de competência e conhecimento. Interessante, segundo ele, é que na maioria dos casos as empresas não conseguem esse profissional "ideal" e acabam optando por outros que não têm todas as certificações ou até que não tenham nenhuma, mas sejam experientes. É aí que mora a questão: Até onde as certificações são realmente necessárias e o quanto elas atestam a respeito da qualidade e capacidade de um profissional?
Bem, como estou no mercado há uns bons anos, acho que posso dar alguns pareceres de experiências e de percepções MINHAS a respeito do assunto. Já vi muitas pessoas extremamente competentes e qualificadas e que nunca fizeram nenhuma certificação, mas desempenham suas tarefas com competência, excelência e mantêm-se atualizadas com muita leitura e cursos. Meu professor gestão de projetos nunca foi certificado PMI, mas conhecia na prática toda a metodologia, aplicava no seu trabalho e ainda dava curso para candidatos à certificação. Ganhava muito bem trabalhando para diversas multinacionais e era referência no tema. Também já vi casos de pessoas que faziam certificações para ganhar aumento ou para melhorar o currículo. Alguns eram realmente bons profissionais, outros nem tanto. Mas tinham a dita certificação em seus currículos. Opostos a esses casos também já vi. Tenho amigos extremamente competentes que tiram todas as certificações que aparecem. Alguns conseguem melhores postos no trabalho, outros não. Tem gente sem certificação que é incompetente e desatualizado. Estes, em geral, são totalmente contra as certificações.
É um assunto realmente complexo. Cada certificação tem características diferentes. Algumas são simples de se obter, têm provas fáceis. Outras são extremamente complicadas. Em geral, quanto mais difícil, mais é preciso estudar para as provas e mais cara é a certificação. Algumas delas exigem renovação após um determinado prazo, obrigando o certificado a fazer novas provas ou comprovar participação em eventos relacionados ao tema. Dificultar as coisas muitas vezes é uma saída para tornar a certificação mais reconhecida e tentar fazer com que os candidatos estudem, aprendam e permaneçam atualizados.
Por outro lado, as certificações são, na sua maioria, de cunho teórico, bastando que se estude os manuais e livros (com mais ou menos dedicação) para que sejam obtidas. E, nesse sentido, elas pouco contribuem para o trabalho prático ou para comprovar capacidade de alguém. É como se fosse uma preparação para concurso público. Todo mundo estuda muito, decora, etc, mas, na prática do dia a dia, talvez as matérias não sejam ou não tenham sido todas utilizadas. Ao contrário, quem já tem bastante experiência a sabe de cor todos os macetes da sua função, geralmente não dá tanta importância assim para esse tipo de coisa.
Mas as empresas pedem. E se você não tem, pode estar perdendo a vaga para alguém que, mesmo sendo menos competente que você, já tenha. Certo? Em termos. Eu parto do princípio que ser competente e manter-se atualizado independe de certificação. Como gerente, não seria o único critério que eu usaria para diferenciar dois profissionais. Saber fazer e querer fazer pode ser mais importante do que simplesmente saber. Então, o que eu recomendaria para alguém que pretende fazer certificações ao longo de sua carreira? Bem, eu diria: - Faça! Mas não fique apenas apegado a isso. Certificação é bom para aprendermos teorias que possamos utilizar na prática, é bom para estarmos atualizados (embora existam outros meios para isso), é bom para aprendermos teorias para melhorar nosso trabalho. Mas certificações não nos dão a real noção que a prática e a experiência oferecem.
Eu acredito que um profissional deve primeiro ser bom no que faz e depois buscar uma certificação. Não interessa o tempo que leve uma coisa ou outra, mas a sequência lógica deveria ser essa, no meu ponto de vista. A certificação deveria ser a ratificação, a confirmação daquilo que um profissional sabe e não uma prova a ser vencida por um estudante para habilitá-lo a um trabalho. No mundo corporativo não se deve brincar com coisa séria. Você deve dominar (teórica e praticamente) seu trabalho, aquilo que é objeto de sua certificação. Já existem "incompetentes certificados" demais nas empresas de TI, que adoram posar de superiores, mas que, num momento de aperto, recorrem a profissionais mais experientes e hábeis que não possuem o certificado.
Como dizem no interior, um ovo que só tem casca não sustenta. É preciso ter a gema e a clara. É o conteúdo que nos provê alimento. A forma como vamos utilizá-lo para nos alimentar (cozido, frito ou cru) é uma escolha nossa. Portanto, escolha certo. Se você é gerente, considere "o todo" em um profissional e não apenas seus diplomas. Mas considere os diplomas também. E se você é um profissional, preocupe-se em ter certificações que lhe ajudem em termos de empregabilidade e que lhe sejam realmente úteis, mas não dependa apenas disso. Seja primeiro bom no que faz e, acima de tudo, goste daquilo que faz."
Fonte: B-Sides IT
É como se isso fosse um atestado unilateral de competência e conhecimento. Interessante, segundo ele, é que na maioria dos casos as empresas não conseguem esse profissional "ideal" e acabam optando por outros que não têm todas as certificações ou até que não tenham nenhuma, mas sejam experientes. É aí que mora a questão: Até onde as certificações são realmente necessárias e o quanto elas atestam a respeito da qualidade e capacidade de um profissional?
Bem, como estou no mercado há uns bons anos, acho que posso dar alguns pareceres de experiências e de percepções MINHAS a respeito do assunto. Já vi muitas pessoas extremamente competentes e qualificadas e que nunca fizeram nenhuma certificação, mas desempenham suas tarefas com competência, excelência e mantêm-se atualizadas com muita leitura e cursos. Meu professor gestão de projetos nunca foi certificado PMI, mas conhecia na prática toda a metodologia, aplicava no seu trabalho e ainda dava curso para candidatos à certificação. Ganhava muito bem trabalhando para diversas multinacionais e era referência no tema. Também já vi casos de pessoas que faziam certificações para ganhar aumento ou para melhorar o currículo. Alguns eram realmente bons profissionais, outros nem tanto. Mas tinham a dita certificação em seus currículos. Opostos a esses casos também já vi. Tenho amigos extremamente competentes que tiram todas as certificações que aparecem. Alguns conseguem melhores postos no trabalho, outros não. Tem gente sem certificação que é incompetente e desatualizado. Estes, em geral, são totalmente contra as certificações.
É um assunto realmente complexo. Cada certificação tem características diferentes. Algumas são simples de se obter, têm provas fáceis. Outras são extremamente complicadas. Em geral, quanto mais difícil, mais é preciso estudar para as provas e mais cara é a certificação. Algumas delas exigem renovação após um determinado prazo, obrigando o certificado a fazer novas provas ou comprovar participação em eventos relacionados ao tema. Dificultar as coisas muitas vezes é uma saída para tornar a certificação mais reconhecida e tentar fazer com que os candidatos estudem, aprendam e permaneçam atualizados.
Por outro lado, as certificações são, na sua maioria, de cunho teórico, bastando que se estude os manuais e livros (com mais ou menos dedicação) para que sejam obtidas. E, nesse sentido, elas pouco contribuem para o trabalho prático ou para comprovar capacidade de alguém. É como se fosse uma preparação para concurso público. Todo mundo estuda muito, decora, etc, mas, na prática do dia a dia, talvez as matérias não sejam ou não tenham sido todas utilizadas. Ao contrário, quem já tem bastante experiência a sabe de cor todos os macetes da sua função, geralmente não dá tanta importância assim para esse tipo de coisa.
Mas as empresas pedem. E se você não tem, pode estar perdendo a vaga para alguém que, mesmo sendo menos competente que você, já tenha. Certo? Em termos. Eu parto do princípio que ser competente e manter-se atualizado independe de certificação. Como gerente, não seria o único critério que eu usaria para diferenciar dois profissionais. Saber fazer e querer fazer pode ser mais importante do que simplesmente saber. Então, o que eu recomendaria para alguém que pretende fazer certificações ao longo de sua carreira? Bem, eu diria: - Faça! Mas não fique apenas apegado a isso. Certificação é bom para aprendermos teorias que possamos utilizar na prática, é bom para estarmos atualizados (embora existam outros meios para isso), é bom para aprendermos teorias para melhorar nosso trabalho. Mas certificações não nos dão a real noção que a prática e a experiência oferecem.
Eu acredito que um profissional deve primeiro ser bom no que faz e depois buscar uma certificação. Não interessa o tempo que leve uma coisa ou outra, mas a sequência lógica deveria ser essa, no meu ponto de vista. A certificação deveria ser a ratificação, a confirmação daquilo que um profissional sabe e não uma prova a ser vencida por um estudante para habilitá-lo a um trabalho. No mundo corporativo não se deve brincar com coisa séria. Você deve dominar (teórica e praticamente) seu trabalho, aquilo que é objeto de sua certificação. Já existem "incompetentes certificados" demais nas empresas de TI, que adoram posar de superiores, mas que, num momento de aperto, recorrem a profissionais mais experientes e hábeis que não possuem o certificado.
Como dizem no interior, um ovo que só tem casca não sustenta. É preciso ter a gema e a clara. É o conteúdo que nos provê alimento. A forma como vamos utilizá-lo para nos alimentar (cozido, frito ou cru) é uma escolha nossa. Portanto, escolha certo. Se você é gerente, considere "o todo" em um profissional e não apenas seus diplomas. Mas considere os diplomas também. E se você é um profissional, preocupe-se em ter certificações que lhe ajudem em termos de empregabilidade e que lhe sejam realmente úteis, mas não dependa apenas disso. Seja primeiro bom no que faz e, acima de tudo, goste daquilo que faz."
Fonte: B-Sides IT
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