sexta-feira, 27 de junho de 2008

Steve Ballmer , diretor da Microsoft. Isso é bom?


Colegas de quarto, padrinhos de casamento. A parceria entre Bill Gates e Steve Ballmer só começou a mudar em 2000, quando Ballmer assumiu a posição de CEO no lugar de Gates, que passou a ser o presidente do conselho e o chief software architect...

A segunda mudança vai acontecer no final desse mês, quando o Gates deixar a rotina da Microsoft, apesar de manter a posição de chairman. (Confira especial sobre a Despedida de Gates).

Ballmer afirmou em palestra que pretende dirigir a Microsoft por mais nove ou 10 anos. Ele estará com 62 anos em 2018 e, se ele ainda estiver à frente da Microsoft, terá mais de 18 anos como CEO – tempo muito maior do que o comum.

Alguns especialistas acreditam que ele será capaz disso.

"Ele ainda tem energia – que eu gostaria de ter – e a visão," disse Tim Bajarin, analista da Creative Strategies.

"Ballmer é um viciado em competição," destacou o jornalista Fredric Alan Maxwell, autor da biografia não-autorizada Bad Boy Ballmer. "Eu vejo Ballmer abandonando o cargo apenas se estiver morto."

Outros, no entanto, têm dúvidas crescentes se Ballmer, sozinho no palco, é a pessoa certa para guiar o gigante de software na era da "web era".

"Ele ainda está fazendo o trabalho de vendas e não está se focando no resto," disse o analista do Enderle Group Rob Enderle. Ele disse que o Ballmer foi negligente com as operações da Microsoft e falhou em tomar decisões difíceis, como em demitir executivos que tiveram desempenho ruim.

Já George Colony, CEO da Forrester, vê uma relação entre os escorregões da Microsoft frente rivais como o Google e a Apple desde que Gates deixou de ser CEO da companhia – e insinua que esses tombos podem se acelerar com Gates fora.

"Por que a Microsoft não controlou o Google? Por que Steve Jobs voltou de sua tumba para ser adorado uma vez mais? O porquê está em Gates ter dedicado os seus últimos cinco anos para filantropia.”, escreveu Colony em seu blog no dia 16 de junho.

Apesar dos resultados da Microsoft, já que o faturamento e as margens de lucro continuarem como motivo de inveja de outras empresas do setor, Ballmer é criticado pelo preço das ações.

Os papéis tiveram valorização de apenas 7% nos últimos cinco anos. As ações da Apple, em comparação, cresceram mais de 1,500% no mesmo perído, enquanto o Google teve alta de 500% desde o seu IPO em 2004. Mesmo a IBM viu o preço de suas ações crescerem 47% desde 2003.

Até agora, a Microsoft foi incapaz de duplicar o sucesso dos seus maiores hits - Windows, Office e seus servidores (Exchange e SQL Server) e ferramentas de desenvolvimento (Visual Studio) - nos vários setores em que apostou recentemente: buscas, publicidade online, telefonia celular, videogames, entre outros.

E os grandes hits da Microsoft já começam a mostrar a sua idade, apesar das plásticas. O fato de o Windows Vista ter se tornado um pesadelo em relações públicas também não ajuda, em parte pela resposta passiva à série de anúncios “PC e Mac”.

"Vista não é tão ruim, mas a Apple o fez aparecer assim. A Microsoft não é proprietária da sua própria imagem," disse Enderle.

Mesmo conhecido por seu temperamento explosivo, Ballmer teria atirado uma cadeira contra a parede em 2004 e entrado em estado de fúria contra o CEO do Google Eric Schmidt após ter sido informado que um dos principais desenvolvedores da Microsoft estava indo para o Google.

Ainda assim, Ballmer é acusado de não ter a dureza competitiva de Gates. Em uma reportagem recente, o The Wall Street Journal abriu espaço para executivos da Microsoft dizendo que Ballmer, ao trabalhar para entrar em acordo nos vários processos movidos contra a empresa, está com uma estratégia mais conciliadora do que Gates tinha.

Para Enderle, Ballmer está se mostrando um “Micro-softie”. Diversos dos executivos que se reportam a Ballmer “apenas não estão indo bem," disse Enderle. Ele acrescenta que, enquanto Ballmer continua a pedir para seu time melhorar, um CEO como Mark Hurd da Hewlett-Packard "já teria trocado os jogadores”.

Enderle diz que Ballmer - que já teve quase todos os cargos gerenciais na Microsoft - caiu em uma armadilha comum aos CEOs: permanecer na zona de conforto. “No caso dele está em ser um supervendedor."

Enderle ressalta que, por conta de todas as suas quedas, Ballmer continua como um executivo de primeira linha. "Ballmer é melhor CEO do que [Eric] Schmidt em qualquer circunstância," resumiu Enderle, descrevendo o papel de Schmidt "na maior parte do tempo como uma babá no Google."

Se a Microsoft decidir substituir Ballmer antes de 2018, quem seria o escolhido? Além de Rick Belluzo, que durou menos de um ano como presidente e COO da Microsoft antes de sair em 2002, não há um substituto imediato.

A tríade de presidentes que se reportam diretamente ao Ballmer são os mais prováveis. Jeff Raikes (da divisão Microsoft Business), Kevin Johnson (da divisão de plataformas e serviços) e Robbie Bach (entretenimento e dispositivos).

Correm por fora, Kevin Turner (COO e responsável por vendas), Ray Ozzie (que substitui Gates como chief software architect) e Bob Muglia (vice-presidente da divisão de servidores e ferramentas.

Fonte: Computerworld

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1 comentários:

Unknown 27 de junho de 2008 às 14:21  

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