Certificações em teste: cresce a procura
Cresce no mercado brasileiro a procura por certificações em teste de software. A afirmação é de Fernando Scarazzatto, executivo de Operações da QAI-Brasil, instituição certificadora na área.
Até muito pouco tempo, o país sequer possuía profissionais certificados neste segmento. Hoje, já são 41, sendo 13 no Sul (11 no RS e 02 em SC). Todos estes são titulados em CSTE (Certified Software Tester) e CSQA (Certified Software Quality Analyst) e, apesar de o número nacional ainda ser pequeno, Scarazzatto acredita em um crescimento rápido deste setor.
“Quanto mais a atividade de testador de software se expande, e isso se dá devido ao aumento da importância dada pelas empresas para modelos de melhores práticas e qualidade de software, mais aumenta também a certificação nesta área. É um cálculo simples: quanto mais companhias detêm profissionais certificados, mais irão querer tê-los, pois se tornam um grande diferencial competitivo no mercado”, explica o diretor.
Além disso, tanto desenvolvedoras quanto empresas estatais passaram a exigir um padrão de qualidade no setor de testes que seja reconhecido internacionalmente. Outro motivo: com tanta exigência no mercado, os testadores encaram a certificação como um bônus para ascensão na carreira. “No Sul, principalmente, a indústria de software passou a encarar os profissionais certificados como peças fundamentais em seu processo produtivo”, comenta Scarazzatto.
Porém, não é bem assim para chegar à certificação. Na CSTE e na CSQA, que são duas das sete titulações existentes no mundo em teste de software, 42 mil pessoas já tentaram se formar. Destas, 32 mil passaram e se certificaram, mas só 18 mil constam como “ativas”, ou seja, fazem a renovação obrigatória dos certificados, exigida a cada três anos.
Pudera: o conhecimento exigido para estas duas certificações é bem mais extenso que o das outras. Para comprovar, basta ver que, enquanto as demais possuem provas formadas por cerca de 100 questões de múltipla escolha, na CSTE e CSQA são também 100 neste modelo e mais 20 perguntas dissertativas. “Isso dá um total de 4h30 de prova”, garante Scarazzatto.
No Brasil, os testes são aplicados por agentes autorizados. Atualmente, a QAI possui um no Rio Grande do Sul, a porto-alegrense Target Trust; outro em Florianópolis e mais um em São Paulo. Ainda no primeiro semestre deste ano será fechada uma parceria em Minas Gerais e, no segundo, no Rio de Janeiro.
Custos
A prova para as certificações CSTE e CSQA saem por US$ 350, com material de estudo incluso. Há um curso preparatório opcional de 32 horas. E, verdade seja dita, opcional mas nem tanto: pelos dados da QAI, entre os profissionais que fazem a prova o índice geral de aprovação é de 65%. Porém, entre os que fizeram o treinamento, que custa R$ 1.800, o número fica em 99%.
Fonte: Baguete















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